Ayrton Senna é o maior vencedor da história da McLaren, que atinge recorde de 200 vitórias na Fórmula 1

Data:
6 de agosto de 2025

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Tempo de leitura:

5 minutos

O GP da Hungria de Fórmula 1 de 2025 marcou um evento histórico para o automobilismo mundial: a 200ª vitória da McLaren, o segundo time que mais venceu na história da categoria, atrás apenas da tradicional Ferrari.

O triunfo de Lando Norris marcou também a quarta dobradinha seguida do time, já que Oscar Piastri chegou na segunda colocação – os dois igualaram um recorde do ano considerado o auge do time na F1: 1988, com Ayrton Senna e Alain Prost.

A marca das 200 vitórias também jogou evidência para um recorde de Senna que permanece até hoje na categoria: ele é o maior vencedor da história do time, responsável por 35 destas vitórias, superando outros campeões mundiais como Prost (30), Lewis Hamilton (21) e Mika Hakkinen (20).

Lista com pilotos vencedores de GPs pela McLaren tem Senna no topo (Crédito: Divulgação/F1)

Depois de um ano de estreia promissor na Toleman (1984) e três temporadas vencendo corridas na Lotus (1985, 1986 e 1987), Senna foi contratado pela melhor equipe da Fórmula 1 em 1988, para fazer dupla com o então principal piloto da McLaren, Alain Prost, que vinha de dois títulos mundiais conquistados com o time – em 1985 e 1986.

Com a melhor dupla de pilotos da história da F1 e com os poderosos motores da Honda, a McLaren criou em 1988 o time que é considerado “dos sonhos” até hoje. A primeira pole veio já no GP de estreia, no circuito de Jacarepaguá, no GP Brasil, mas, com problemas no carro titular antes da largada, a chance de vencer teria que esperar mais uma corrida. Ela viria logo a seguir, no GP de San Marino, vencendo após também conquistar a pole position.

Senna venceu oito provas em seu ano de estreia na McLaren, ficando com o título mundial de 1988 – o primeiro dos três conquistados com o time inglês, emendando também as conquistas de 1990 e 1991. Foi no ano do tricampeonato também que uma das vitórias mais emblemáticas de Senna e McLaren aconteceu, em Interlagos, a primeira do brasileiro em casa e tendo apenas a sexta marcha nas voltas finais do GP.

Mesmo nas temporadas em que a McLaren tinha um carro bem inferior ao da Williams, e até mesmo de outros competidores, como Benetton, a parceria com Senna rendeu vitórias em todos os anos, como 1992 e 1993 – no último ano de parceria, por sinal, algumas das vitórias mais icônicas do brasileiro na F1 foram conquistadas, como a do GP da Europa em Donington Park, com a “melhor primeira volta” da história e chegando mais de 1min20seg de vantagem sobre Damon Hill e uma volta na frente de Prost, ambos com as poderosas Williams.

A última corrida de Senna na McLaren foi no GP da Austrália de 1993, e o brasileiro fechou a parceria conquistando a pole e a vitória nas ruas de Adelaide. Uma conquista eternizada na comemoração após o GP com o show de Tina Turner dedicando a música “The Best” a Senna – não há resumo melhor para definir esta era de ouro da F1 entre Senna e McLaren, lembrada no GP da Hungria de 2025 como imbatível até hoje, mais de três décadas depois.

Texto escrito para o Site Senna.com por Rodrigo França, de Budapeste.

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