Gp da Alemanha 1986

Fórmula 1

Grande Prêmio da Alemanha

Assim como no GP do Brasil, que recebeu a abertura da temporada de 1986, a Alemanha foi palco de nova dobradinha brasileira no circuito de Hockenheim, mas não sem uma grande luta pela liderança entre Ayrton Senna, Nelson Piquet e os outros pilotos.

No campeonato, o líder era Nigel Mansell, que vinha de quatro vitórias nas últimas cinco corridas. O britânico tinha 47 pontos, Alain Prost somava 43 e Senna 36, seguido por Piquet, o quarto colocado com 23 pontos. Restavam sete provas para o final da competição.

Durante a classificação, Senna obteve o terceiro tempo com 1min42s329, apenas 0s316 atrás da McLaren de Keke Rosberg, o pole position, enquanto Prost completava a primeira fila para a equipe inglesa de Woking. Gerhard Berger largaria da quarta posição e Piquet do quinto lugar. Mansell era apenas o sexto colocado.

A PROVA EM HOCKENHEIM

No início da corrida, Senna fez uma largada espetacular e pulou da terceira para a primeira colocação ainda nos primeiros metros de prova em Hockenheim. Berger acompanhou o brasileiro e aproveitou para tomar o segundo lugar. Rosberg caiu para terceiro, Piquet subiu para quarto e Prost completou a primeira volta em quinto lugar.
No início da segunda volta, Rosberg fez uma ultrapassagem dupla e conseguiu tomar a frente de Berger e Senna em uma única manobra. Naquele GP, por sinal, ele havia acabado de anunciar que se aposentaria ao final da temporada de 1986.
Na segunda volta, Piquet aproveitou a força do motor Honda e também conseguiu ultrapassar Berger e Senna na sequência de longas retas do autódromo alemão. Com problemas, Berger também foi ultrapassado por Prost e Mansell, caindo para o sexto lugar ainda na quarta volta.
Na quinta volta, Prost ultrapassou Senna, que caiu para o quarto lugar. Era um início de prova com problemas para o brasileiro da Lotus. Logo em seguida, Piquet tomou a liderança ao superar Rosberg. Ainda no início, Berger foi para os boxes e perdeu o contato com os primeiros colocados, terminando a prova com duas voltas de atraso.

Com uma tática diferente dos principais rivais que buscavam a vitória, Piquet parou nos boxes mais cedo, na 15ª volta, e foi superado pelas McLaren e por Senna. Em seguida, Piquet ultrapassou os adversários com facilidade, já que Rosberg e Prost fizeram suas paradas ainda antes da volta 20. Senna, que poupava seu equipamento na pista para as voltas finais, não ofereceu resistência ao compatriota. Piquet e Mansell, ambos da Williams, eram os únicos dos seis primeiros que fariam duas paradas durante a prova.
Após o pit stop de Senna, a ordem da prova era a seguinte: Piquet, Rosberg, Prost, Senna, Mansell e Arnoux.
Na 27ª volta, Piquet realizou sua segunda parada e voltou em terceiro lugar, novamente atrás das McLaren. Em duas voltas, o piloto carioca tomou o lugar de Prost e começou a tirar a diferença de aproximadamente 10 segundos para Rosberg.
Enquanto isso, o francês precisaria resistir à pressão de Ayrton Senna, que na 35ª volta estava 7s5 atrás de sua McLaren. Ayrton começou a tirar tudo o que tinha de potência do seu carro nas últimas 10 voltas.
Na luta pela vitória, Rosberg não conseguiu acompanhar o ritmo de Piquet. O finlandês liderou até a volta 39, restando seis para o final, quando Nelson o passou com facilidade e conquistou a vitória.

SENNA EM BUSCA DE MAIS UMA DOBRADINHA BRASILEIRA

Senna continuava buscando um lugar no pódio e faltando cinco voltas a diferença era de 4s9 para Prost. Restando duas voltas para o final, Ayrton fez a ultrapassagem em Prost, que logo na sequência começou a se arrastar na pista com problemas de consumo de combustível, assim como Rosberg, que na última volta perdeu posição para Senna, que assumiu a segunda colocação, seguido de Mansell e Arnoux.
Em um final dramático para as McLaren, os dois carros somente ficaram na zona de pontuação em quinto e sexto lugares porque os demais adversários estavam com uma volta de atraso. 
Prost, em uma cena curiosa, saiu do carro e ainda tentou empurrar sua McLaren com as mãos no início da reta, uma imagem bem parecida com a de Mansell no GP de Dallas de 1984, quando o “Leão” desmaiou de cansaço após tentar levar sua Lotus para a linha de chegada.
No pódio, Senna levou a bandeira brasileira e, após ouvir o Hino Nacional, entregou a mesma para Piquet. Mansell, bastante discreto na corrida, completou os três primeiros.
Na pontuação, o britânico permanecia na liderança com 55 pontos, Prost tinha 44, Senna 42 e Piquet 38.
O GP seguinte aconteceria em duas semanas, na Hungria. Seria a terceira dobradinha dos brasileiros na temporada.

Fórmula 1

Gp da Alemanha

Grid de largada

A Corrida

Senna na corrida

Grid de largada

K. Rosberg

A. Prost

Ayrton Senna

G. Berger

N. Piquet

N. Mansell

R. Patrese

R. Arnoux

T. Fabi

10º

M. Alboreto

11º

S. Johansson

12º

J. Drumfires

13º

P. Tambay

14º

P. Alliot

15º

M. Brundle

16º

J. Palmer

17º

C. Danner

18º

P. Streiff

19º

A. Jones

20º

D. Warwick

21º

T. Boutsen

22º

A. Nannini

23º

A. De Cesaris

24º

H. Rothengatter

25º

P. Ghinzani

26º

A. Berg

27º

A Corrida

44

voltas

26

carros

14

abandonos

1’46”604

volta mais rápida

tempo Ensolarado

Pódio

N. Piquet

Ayrton Senna

N. Mansell

Senna na Corrida

Posição de final

posição no campeonato após a prova

posição de largada

6

pontos somados no campeonato

1’49”424

melhor volta

Não havia razão para fazer um pit stop a mais se não poderia pisar fundo por causa do consumo. Arrisquei nas últimas voltas quase sem combustível e com os pneus gastos, mas tive sorte.

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